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Como a liderança de mulheres negras transforma o terceiro setor

Larissa Pereira, 25 de julho de 2025 (atualizado 25/07/2025 às 8h)

O terceiro setor é cada vez mais ocupado por lideranças negras femininas que, com afeto, estratégia e propósito, constroem soluções reais para os desafios do Brasil.

Em um país marcado por desigualdades históricas e estruturais, as mulheres negras têm protagonizado mudanças profundas no terceiro setor, liderando organizações, projetos e movimentos que transformam realidades nas periferias, nas escolas, nos quilombos e nas cidades. 

Elas são educadoras, gestoras, comunicadoras, empreendedoras, mães e militantes que, mesmo diante de tantos desafios, seguem abrindo caminhos para outras mulheres, jovens e crianças negras.

Conheça agora dados recentes, histórias potentes e os impactos gerados por duas mulheres que vivem e transformam essa realidade de dentro: Aline Clemente e Aimê Araujo, ambas colaboradoras do Instituto GUETTO

Continue a leitura e inspire-se com quem tem mudado o rumo da sociedade!

25 de julho e a sua força coletiva

25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data foi instituída em 1992, na República Dominicana, quando um grupo de mulheres negras de mais de 70 países se reuniu para articular estratégias em defesa de seus direitos e pela emancipação social. 

No Brasil, a ex-presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que instituiu, também em 25 de julho, o Dia Nacional de Tereza de Benguela, liderança do Quilombo Quariterê, que abrigava mais de 100 pessoas. Esses marcos reforçam ainda mais o significado dessa data para nós, mulheres negras.

Hoje, no Terceiro Setor, são elas que continuam liderando os processos de transformação. Segundo o Diagnóstico Acerca de Filantropia e Raça no Brasil (2024), as lideranças nas organizações negras são, em sua maioria, compostas por mulheres cis (89,2%). Em proporção bem menor, aparecem homens cis (43,8%), mulheres trans (6,8%), pessoas não binárias (6,2%), homens trans (3,5%) e travestis (2,6%).

Liderar com propósito: a trajetória de Aline Clemente no terceiro setor

Aline Clemente, diretora de programas educacionais no Instituto GUETTO, compartilha o que significa estar nesse lugar: "Aqui [no Instituto GUETTO], posso ser estratégica ao mesmo tempo em que executo o que acredito. Crescer profissional e pessoalmente num ambiente que fortalece quem eu sou tem feito toda a diferença na minha jornada. E isso, para mim, é construir futuro com propósito.”

Aline começou a liderar projetos ainda na graduação e logo entendeu que impacto social vai muito além de boas ideias: “Não era só sobre o que a gente entrega. Era sobre as pessoas, a comunicação, as lideranças locais, as vulnerabilidades estruturais, os contextos, os limites. E, principalmente, sobre o alinhamento entre realidade e expectativa.”

Maternidade, afeto e resistência: a liderança de Aimê Araujo no terceiro setor

Outro dado relevante é a presença significativa de mães na liderança, evidenciando a necessidade de conciliação entre a atuação profissional, responsabilidades familiares e o trabalho remunerado. Entre as pessoas entrevistadas, 82,7% indicaram que suas lideranças eram mães. 

Aimê Araujo, diretora executiva do Instituto GUETTO, mãe de dois filhos, é uma dessas lideranças. Em seu depoimento, ela compartilha os desafios e potências de ocupar esse lugar: "Ser uma mulher negra em um lugar onde outras mulheres negras também lideram, sonham e cuidam é o que me sustenta nos dias mais difíceis." A fala reflete não só a força coletiva que sustenta essas trajetórias, mas também a complexidade da experiência de liderar sendo mulher, negra e mãe em um setor marcado pela escassez.

Aimê destaca que "Ser uma mulher negra no terceiro setor é viver constantemente em disputa com a lógica da escassez, de recursos, de tempo, de saúde mental e, ao mesmo tempo, escolher seguir com afeto, estratégia e compromisso coletivo." Ela aponta que o Instituto GUETTO tem sido mais do que um espaço de trabalho, mas também um lugar de aprendizado, cuidado e transformação. "Tenho vivido não apenas uma jornada profissional, mas um espaço onde posso experimentar a liderança com humanidade, vulnerabilidade e potência."

Apesar da expressiva presença de mulheres negras no terceiro setor, o estudo aponta que elas não são devidamente remuneradas pelo trabalho que realizam, revelando uma realidade de invisibilização, sobrecarga e resistência.

Honrar o passado para transformar o presente: uma celebração às lideranças negras femininas

Pensando em celebrar a existência de mulheres negras líderes e incríveis que conquistaram direitos e abriram caminhos para que a gente pudesse trilhar de uma forma mais saudável, o Instituto GUETTO apresenta este artigo como um ato de memória, reconhecimento e celebração a todas as mulheres negras brasileiras.

Se você é essa mulher que muda o rumo do terceiro setor, descubra como o Instituto GUETTO atua para fortalecer as vozes negras e transformar o presente clicando em Soluções ou Programas e Projetos. Conheça mais da nossa atuação aqui!

Contato

 (21) 99411-7878
instituto@guetto.org

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